Exploração capitalista aumenta a nível mundial, segundo a OIT
La Clase - [Tradução do Diário Liberdade] A confissão de parte, relevo de prova. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), organismo multilateral do imperialismo, publicou um relatório em que confirma que a nível mundial "a produtividade aumentou a um ritmo maior que os salários".
Isso significa que a taxa de exploração aumentou e que os patrões extraem maior riqueza do que a classe trabalhadora produz, enquanto a participação dos assalariados no produto de seu próprio trabalho diminui.
Nos países altamente industrializados, a produtividade laboral cresceu mais do dobro que os salários desde 1999. Nos Estados Unidos, a produtividade aumentou 85% desde 1980, mas os salários só cresceram 35%.
A OIT afirma estar preocupada com que se evidencie na cada vez maior medida o caráter injusto e explorador da economia capitalista, bem como a queda do consumo. "Uma redução da participação do trabalho afeta não somente a perceção do justo, particularmente dadas as crescentes preocupações a respeito das remuneraciones excessivas dos conselheiros delegados e no setor financeiro, como prejudica ainda o consumo dos lares", propõe o relatório.
No período analisado, os salários aumentaram uma média de 5% nos países industrializados, 15% na América Latina e as Caraíbas e duplicaram-se na Ásia. Em 2011, a aplicação de duros ajustes na Europa refletiu-se no estagnamento dos salários nos países industrializados.
Excluindo a China, a média de aumento dos salários mundial foi de 0,2% em 2011 e nos países industrializados foi -0,5%.