Começou uma revolta popular no Brasil: o país em compasso de espera para a próxima segunda-feira em São Paulo

Começou uma revolta popular no Brasil: o país em compasso de espera para a próxima segunda-feira em São Paulo

Henrique Carneiro

Cada ônibus em São Paulo e em todo o país tem algo de camburão e de navio negreiro, como diz um rap da periferia. Ir ao trabalho como um condenado, esmagado, brutalizado como gado, é a regra dos ônibus, trens e metrô de São Paulo.
E o preço disso é superior ao das capitais europeias! Um dólar e meio, sem bilhete de um dia inteiro ou desconto pra dez passagens. Nem bilhete válido indefinidamente para o mês inteiro, garantido em muitos países pelo próprio Estado ou pelas empresas para os funcionários.
O Passe Livre como direito social foi uma bandeira que o próprio PT chegou a levantar na campanha da Erundina. Depois, não só ela, como prefeita, abriu mão da proposta, como se dedicou juntamente ao partido, a desmontar e a privatizar a CMTC, que era a companhia municipal de ônibus urbanos.